De 1 a 3 de setembro, vasculares, cardiologistas e radiologistas intervencionistas de todo Brasil estiveram reunidos no Simpósio de Técnicas de Embolização Percutânea – STEP 2016 – compartilhando conceitos, dicas práticas, novidades e materiais para embolizações, nas dependências do Instituto de Ensino e Pesquisa/IEP do Hospital Sírio-Libanês.
Promovido pela equipe de Cirurgia Endovascular da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, o evento teve a coordenação dos Drs. Álvaro Razuk, Walter Karakhanian e Jong Hun Park e contou com a participação de dois convidados internacionais de enorme reputação – Hugo Rio Tinto (França) e Frank R. Arko (Estados Unidos).
Com médicos altamente experientes e programação completa, o STEP já é considerado uma referência de atualização obrigatória todos os anos. Nessa edição, o programa apropriou-se de forte apelo prático e debates de casos clínicos: quando tratar, indicação, como fazer e planejar a embolização percutânea.
Segundo o Dr. Jong Hun Park, o STEP 2016 é um curso amplo, que abrange desde o básico (preparo de materiais) até os avanços mais recentes da técnica que obstrui artérias doentes com líquidos. “A comissão formata um modelo bem interativo, para deixar os participantes à vontade para interromper o palestrante e esclarecer as dúvidas, o que torna o evento mais proveitoso e dinâmico”.
Dr. Walter Karakhanian elegeu como diferencial dessa edição a abordagem específica e detalhada de doenças não tão comuns no dia a dia do cirurgião vascular, mas que abrem oportunidades profissionais: próstata e varizes pélvicas. “Outros destaques foram os lançamentos de alguns materiais, como o cateter de direcionamento de fluxo (Surefire) e molas de tamanho grande (Ruby Coils).
O STEP 2016 deu oportunidade de a indústria expor as novidades combinadas com a experiência prática de alguns especialistas. O Dr. Frank apresentou exemplos de sucesso em tratamento com as novas molas Ruby Coils. “Com dificuldades diferentes que encontrei operando, o produto respondeu bem em maciez, maior preenchimento da lesão com menos quantidade de molas, controle exato do ponto de partida do plugue e economia de tempo para manipular”.
Um dos mais experientes radiologistas intervencionistas do mundo em embolização prostática/uterina e quimioembolização hepática, Dr. Hugo Rio Tinto, difundiu observações importantes. “Precisamos ficar atentos à anatomia vascular do paciente para prevenir complicações. É fundamental usar partículas de embolização do tamanho adequado à artéria. Temos de nos esforçar para continuar mantendo altos os níveis de sucesso dessas embolizações, entre 70 a 90%”, comemora.
Uma palestra chamou atenção para o potencial de desenvolvimento brasileiro na área de acessório endovascular. A Scitech apresentou, em primeira mão, as microesferas Embosoft com alto índice de compressão (60,3% sem ruptura) para oclusão vascular, malformação arteriovenosa e tumor hipervascular. Fabricadas em Aparecida de Goiânia (GO), o produto tem cinco opções de tamanho, fácil injeção e menor probabilidade de obstrução do cateter, embolização mais distal e fechamento do vaso mais seguro e efetivo. “É fruto de cinco anos de pesquisa e desenvolvimento e faz frente aos importados, com quem temos condições de competir de igual para igual”, comenta Alex Moreira, diretor da empresa.
“O STEP 2016 fechou o cerco a doenças do sistema urogenital e a diversos tipos de câncer (especialmente, de fígado). Ensinamos e orientamos a melhor técnica possível, o estado da arte nas embolizações de doenças benignas e malignas. Também acertamos muito na parte prática, dando oportunidade de treinar e vivenciar adversidades no animal lab”, concluiu Dr. Álvaro Razuk.
Avaliações dos participantes…
“Os médicos que coordenam o evento conhecem a realidade, a rotina dos serviços. Por isso, o STEP associa teoria com realidade. Poderei aperfeiçoar o que faço com técnicas absolutamente viáveis”.
- Marcos Martins, cirurgião vascular, Salvador/BA“O STEP é bem abrangente e tem um formato em que o aluno fica à vontade para perguntar. Acho uma troca de experiência altamente produtiva”.
- Rodrigo Biagioni, cirurgião vascular, São Paulo/SP“O curso impressiona pelos detalhes de técnicas e pelas discussões de casos relevantes. Ajuda a manter nossa mente aberta sobre as formas mais acertadas de embolizar”.
- Paulo José, cardiologiasta, Cachoeiro de Itapemirim/ES“É a minha primeira participação. O evento é bem interessante porque traz muita informação nova (principalmente de materiais) e troca de experiências para enriquecer ainda mais o nosso dia a dia”.
- Ana Paula Sincos, cirurgiã vascular; São Paulo/SP
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