CURSO REÚNE OS PRINCIPAIS MÉDICOS QUE TRATAM AS DOENÇAS DE AORTA

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A conclusão é uma só: deve haver maior interação entre as endopróteses disponíveis e modelos mais sob medida para melhorarem os resultados

 

Nos dias 24 e 25 de junho, durante 11 horas e 35 minutos, cirurgiões vasculares, radiologistas e cardiologistas participaram do curso Imersão de Aorta – Atualizações e Desafios no Tratamento da Aorta, em São Paulo. Sob a coordenação do Dr. Álvaro Razuk, professores e médicos dos principais hospitais e serviços públicos e particulares do Brasil e o palestrante internacional MD Darren Schneider, da Cornell University, Nova York, compartilharam informações sobre técnicas, abordagens e resultados.

A cirurgia endovascular, com métodos distintos e endopróteses disponibilizadas pela indústria ou confeccionadas pelas equipes, vem se firmando amplamente no cenário nacional porque mais médicos dominam a técnica e conseguem eleger o melhor para o paciente em situações de emergência ou cirurgia eletiva. Cada vez mais, os conhecimentos se complementam, ou seja, as equipes deixam de pertencer a correntes restritas a um procedimento/uma endoprótese para dar lugar a união de abordagens eficazes.

Por outro lado, as equipes relataram vários desafios para serem superados, como o tempo e o custo de confecção de endopróteses e a indisponibilidade de hospitais equipados (máquinas de hemodinâmica antigas) e de equipe com habilidades operatórias (anestesistas que consigam dar suporte ao cirurgião vascular).

Os médicos palestrantes ilustraram seus trabalhos, esclareceram dúvidas, discutiram sobre impasses cotidianos, desde o planejamento do melhor tratamento até formas de contornar armadilhas encontradas na mesa de cirurgia ou solucionar problemas que aparecem pós-procedimento. Outra informação importante foi a atualização sobre tecnologias que estão aparecendo para tratar as doenças da aorta – ainda que a maior parte delas não esteja disponível por enquanto no Brasil.

Acompanhe, a seguir, alguns trechos dos conteúdos do Imersão de Aorta 2016.

“Quando falamos da endoprótese ideal para os ramos da artéria aorta, temos de levar em conta a que permite melhor angulação e capacidade de movimento, pois o que dificulta o trabalho são as barreiras de angulação. No meu consultório, para anatomias curvas, usamos as fenestradas, fenestradas com Branch e direcional (cuffed Branch). Procuramos aquela que seja mais flexível, ajustável e low profile, se encaixe com precisão e permita força radial. Com o passar dos anos, temos visto diminuírem as oclusões (de 80% para 76%), principalmente nas artérias celíaca e mesentérica (2,6%) do que nas artérias renais (6,1%). Percebemos que, apesar de dispormos de balões expansíveis e auto-expansíveis, não existe a endoprótese perfeita, capaz de dar conta das complexidades das doenças nos ramos da artéria aorta. Mas já aprendemos que precisa haver maior interação entre as endopróteses disponíveis e novos modelos, mais sob medida, para melhorarem os resultados”. - M.D. Darren Schneider, Cornell University, Nova York

“Será que as endopróteses de prateleira abrangem mesmo a maior parte dos comprimentos de cólo que se apresentam doentes? Cabe a nós, tomarmos decisões levando em conta a individualidade. Precisamos planejar: analisando a anatomia do paciente – ângulos, comprimentos e acessos disponíveis; avaliando suas condições clínicas, levantando seu histórico (como implantes prévios) – e dependemos também de ferramentas (como softwares e angiotomografias precisas) e outros visualizadores”. – Dr. Luiz Furuya

“Tão importante quanto dispor do material é poder modificá-lo para servir o paciente. Para aneurisma da aorta abdominal infra-renal, considero endoprótese fenestrada a melhor; para outros casos, endopróteses modificadas. Enquanto uma equipe estanca o aneurisma, a outra faz as adaptações na prótese. Ainda assim, durante o procedimento, precisamos parar e pensar como o aneurisma vai se comportar no futuro. Porque as complicações futuras surgem em números maiores do que a literatura relata e, nesses casos, uma nova dose de tratamento endovascular talvez seja a solução”. - Dr. Gustavo Paludetto

“A lesão de medula é o principal risco após colocar endoprótese ramificada de aorta. Nessas cirurgias, para fazer proteção medular, é fundamental estudar a rede de irrigação da região, manter o paciente aquecido, fornecer aporte de oxigênio apropriado, controlar a pressão no interior do canal medular (antes, durante e depois), drenar e introduzir fármacos quando necessário (esteroides)”. – Dra. Fernanda Caffaro

“Tenho feito aplicação de Multilayer em pacientes idosos e que estão conseguindo viver com boa saúde. Aprendemos também em quais situações não usar: Síndrome de Shaggy, aneurismas micóticos, em casos de a falsa luz comprimir e alterar o fluxo das lombares e quando já existe um stent Graft implantado. Ao usar, é importantíssimo o cirurgião expô-lo à totalidade do fluxo do aneurisma, pois tem que haver uma cobertura perfeita (seja com a aorta ou com outra endoprótese). Não estamos falando em padrão ouro para aneurismas tóraco-abdominais, mas em uma alternativa interessante para doentes com alto risco e acima de 80 anos”. - Dr. Ricardo Aun

“As novas tecnologias devem surgir para diminuir o tempo de cirurgia, minimizar o uso de contraste, facilitar o acesso aos centros de saúde e melhorar custos. O que vemos são avanços em equipamentos de imagens (precisão para abordar certos seguimentos), robôs (cateteres que se posicionam adequadamente, mais usados em embolizações e com custo ainda muito elevado) e instrumentos que diminuem a radiação para médico e paciente (como toucas), afinal, proteção também faz parte das inovações na área e temos de nos proteger da exposição que pode provocar males como catarata ou tumor na tireóide”. - Dr. Guilherme Meirelles

As oclusões de ramo são vencidas com planejamento! Temos de avaliar as angulações e as estenoses, refletir na escolha da endoprótese, fazer uma avaliação intra-operatória (olhar, olhar de novo, fazer um checklist no sistema) e fazer uso dos mecanismos de controle”. – Dr. Jong Park“Cada vez mais as cirurgias com os dispositivos endovasculares estão evoluindo. Antes éramos moscas brancas competindo com estudos de centros internacionais e hoje já fazemos nossos procedimentos em até meia hora. Talvez a endoprótese que customizo não seja a melhor, mas em serviços públicos, costuma ser a realidade. Faço o procedimento híbrido, vencendo etapas”.- Dr. Marcelo Mandelli

“As dicas no tratamento percutâneo: confira o trajeto e tenha acessos de segurança – braquial e radial (à direita e à esquerda). Com a punção adequada e a identificação precisa da posição, o balão deve ser insuflado lentamente. Os acessos devem ser mantidos entre 10 e 14 horas depois e o paciente deve fazer repouso de 24h.” – Dr. Rogério Tumelero

“A chave da longevidade do procedimento endovascular é o colo proximal. Por isso, temos de olhar para ele e pensar no que vamos oferecer ao paciente. Não podemos ser deuses: a mortalidade de aneurisma tóraco-abdominal em cirurgia aberta é entre 20 a 30 % em centros norte-americanos. Entre fenestrada, customizada ou ramificada, precisamos achar algo que provoque menos danos estruturais em colos curtos, já que a indústria ainda não nos trouxe a melhor solução em endoprótese com custo razoável. Uma inovação para conter endoleaks é o endostapler, um tipo de saca-rolha, até 12 parafusos podem ser colocados na aorta”.- Dr. Tulio Navarro

Confira algumas fotos do evento:

 

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